Eis aqui um romance absolutamente singular, que segue a linhagem de Machado de Assis em seu Memórias póstumas de Brás Cubas, clássico indiscutível da literatura brasileira. Flor de pedra ressoa como memórias vivas de um cemitério, narrador que conta sua história até os 70 anos, quando revela a força motriz de suas reminiscências. A trama, construída em forma de rapsódia, mimetiza a arquitetura diversa dos pequenos “campos santos”, que crescem desordenadamente, semelhante ao próprio cemitério-protagonista, e traz o coro de várias vozes (de enlutados, informados, negacionistas etc.), além dos ecos dolorosos, mais recentes, de vítimas da pandemia. O romance é, portanto, uma ode não à morte, mas à vida, e se estrutura em duas partes: na primeira, “A velha vida”, o cemitério narra, já na velhice, toda sua jornada; e a segunda, “A nova vida”, começa quando a casa do coveiro, em suas terras, se transforma em uma biblioteca pública. Obra inclassificável, que consagra seu autor ao fazer de uma “flor de pedra”, metáfora de cemitério, uma rosa aberta em reverência à nossa humanidade. –
Data da Publicação: 28/02/2025
Ano da Edição: 2024
Idioma: Português
Áreas: Literatura nacional
Dimensões: 21 x 13.6 x 1.1 cm
Formato: BOOK
Editora: Editora Alta Books
Páginas: 240
Autor: João Anzanello Carrascoza
Bio: João Anzanello Carrascoza
nasceu em Cravinhos (SP). É autor dos romances O céu implacável, Inventário do azul e Trilogia do adeus, além de diversos livros de contos, entre os quais Tramas de meninos e Aquela água toda. Suas histórias foram traduzidas para o bengali, croata, espanhol, francês, inglês, italiano, sueco e tâmil. Recebeu três vezes o prêmio Jabuti, quatro vezes o prêmio da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, três vezes o prêmio da Fundação Biblioteca Nacional, o prêmio da APCA, da Cátedra Unesco e o Candango, além dos internacionais Radio France e White Ravens. Pela Faria e Silva, publicou O armazém do sol, Utensílios-para-a-dor e Corpo do tempo: cicatrizes.
Avaliações
Não há avaliações ainda.