Este livro traz uma temática muito atual e necessária nos dias de hoje, especialmente em um país como o Brasil, com índices tão grandes de pobreza e desigualdade social. Vemos cada vez mais se agravarem questões, como o racismo, o feminicídio, a LGBTfobia e tantas outras formas de violência e opressão contra os mais vulnerabilizados em nossa sociedade. Pessoas em situação de rua, em abrigos, comunidades, indígenas, quilombolas, ribeirinhos têm diariamente suas vidas ameaçadas.
Nesse contexto, este livro, que integra a coleção Arteterapia: desafios da contemporaneidade, apresenta relatos de experiências arteterapeuticas no contexto psicossocial. Relatos estes que convocam terapeutas a sair de seus consultórios e ateliês e chegar até essa população, não de uma forma assistencialista, mas facilitando o seu empoderamento e o contato com seus recursos e sua potência, para que se reconheçam “como seres transformadores da realidade […] por meio de seu trabalho criador” (FREIRE, Paulo, Pedagogia do Oprimido, 1987, p. 109).
“Do rio que tudo arrasta se diz que é violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem”. Bertolt Brecht
