1 x de R$135,15 sem juros | Total R$135,15 | |
2 x de R$67,58 sem juros | Total R$135,15 | |
3 x de R$45,05 sem juros | Total R$135,15 | |
4 x de R$33,79 sem juros | Total R$135,15 | |
5 x de R$27,03 sem juros | Total R$135,15 | |
6 x de R$22,53 sem juros | Total R$135,15 | |
7 x de R$21,89 | Total R$153,25 | |
8 x de R$19,25 | Total R$154,03 | |
9 x de R$17,22 | Total R$155,00 | |
10 x de R$15,56 | Total R$155,57 | |
11 x de R$14,21 | Total R$156,31 | |
12 x de R$13,07 | Total R$156,83 |
Uma máscara yup’ik do Alasca, uma pintura aborígene em casca de árvore, uma paisagem em miniatura da dinastia Song, um quadro de interior holandês do século XVII: pelo que mostra ou deixa de mostrar, uma imagem revela sempre um esquema figurativo particular, identificável pelos meios formais que utiliza e por certa potência que ela manifesta. As imagens nos permitem acessar, às vezes mais do que as palavras, aquilo que distingue as maneiras contrastantes de viver a condição humana. Ao comparar com precisão as imagens de uma diversidade impressionante de culturas, Philippe Descola lança, neste livro magistral, as bases teóricas de uma antropologia da figuração.
A figuração não é fruto exclusivo da fantasia expressiva daqueles que se põem a produzir imagens: só figuramos o que somos capaz de detectar ou imaginar, e só imaginamos e detectamos o que o hábito nos ensinou a discernir. O caminho visual que traçamos espontaneamente em meio às dobras do mundo depende, para Descola, de nossa imersão em uma das quatro regiões do arquipélago ontológico: animismo, naturalismo, totemismo ou analogismo. Cada uma dessas regiões corresponde a uma forma de conceber a ossatura do mundo e fazer seu inventário, de perceber as suas continuidades e descontinuidades — em particular, as diversas linhas de união e de fratura entre seres humanos e não humanos.