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Descrição

Um editor que se encanta pelo manuscrito enviado por uma mulher que assina como Ariadne, conhecida na mitologia grega como a filha do rei de Creta que ajudou Teseu a sair do labirinto depois de matar o Minotauro. Mas aqui, Verissimo cria uma Ariadne às avessas, que vai enfeitiçando o protagonista e seus amigos de bar, os deliciosos e risíveis espiões deste livro. Este é o primeiro romance de Luis Fernando Verissimo que não nasceu de uma encomenda editorial. “Esse aí eu mesmo resolvi me encomendar”, diz ele, que se manteve fiel ao seu estilo, dentro das temáticas envolvendo o gênero policial e o universo da literatura. O protagonista desta história é um frustrado funcionário de uma pequena editora, que não costuma ter boa vontade com pessoas, menos ainda com os originais que recebe. Até que, um dia, algo chama a sua atenção no envelope branco que chega com a correspondência: uma caligrafia cursiva trêmula, com uma florzinha no lugar do pingo do i. Dentro, ele encontra as primeiras páginas de um livro de confissões escrito por uma tal Ariadne, que promete contar sua história e depois se suicidar. Em sucessivas cartas, que chegam toda terça-feira, Ariadne narra sua aventura envolvendo crime e paixão numa pequena cidade do interior. Amante de histórias policiais, o editor fica fascinado pela autora. Inspirado por John le Carré, ele vai convencendo seus amigos de bar a acompanhá-lo numa missão tão fascinante quanto patética: encontrar e salvar Ariadne. “Certeiro. O homem de frases inesperadas. O homem que escreve, não fala. Quando fala, coloca o dedo na ferida. Ou no coração. Verissimo, o silencioso mais eloquente do Brasil.” — Ignácio de Loyola Brandão “Em sua geração de romancistas no Brasil, Verissimo pode ser comparado aos maiores, como Moacyr Scliar e Rubem Fonseca, tendo em relação a eles a sensível diferença de uma criativa visada irônica, nascida de seu ponto de vista sempre cético, mas invariavelmente a favor das pessoas de bem e da inteligência.” — Luís Augusto Fischer