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Terceiro volume da Tetralogia Napolitana
No terceiro volume da série napolitana, sequência de História do novo sobrenome , as amigas Lila Cerullo e Elena Greco chegam à fase adulta. Lila, a menina prodígio que encantava a todos, aquela que assombrou o bairro napolitano com suas ideias modernas e se transformou num modelo de inteligência e beleza num ambiente machista e opressor, é agora uma pessoa castigada pela vida. Com um emprego braçal resultante de uma sucessão de escolhas impulsivas, a garota amarga agora as tragédias de quem exige liberdade, rebelando-se contra a ideia de que o destino das mulheres é “aceitar o rumo que a existência toma sem se agitar demais”.
Já Elena Greco rompeu com a família sem instrução e o bairro violento, completou o ensino superior, tornou-se autora de um livro de sucesso e deixou Nápoles na fuga para um lugar condizente com suas conquistas. Casada com um professor universitário vindo de uma família respeita da e rica, torna-se mãe e passa a lidar com o desejo de continuar intelectualmente ativa enquanto tem que se haver com o dia a dia de dona de casa e a expectativa em torno de sua escrita.
Apesar da distância física e das trajetórias opostas, as vidas das personagens continuam se chocando, tanto por meio de um pedido de ajuda entre amigas quanto por um amor do passado que insiste em retornar para desestabilizar a ordem aparente. Elena Ferrante apresenta uma história angustiante de relações familiares estremecidas, maternidade, feminismo, máfia, fascismo, avanços tecnológicos do século XX e disparidade social. Tudo isso dentro de um contexto em que o amor só consegue transparecer por meio do combate e da libertação.