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Coleção Marginália: as bordas do universo literário Eleito um dos melhores livros de 2018 pelo jornal O Globo Pode parecer intrigante que textos jornalísticos escritos há mais de 100 anos tenham ecos tão imediatamente atuais, mesmo em contextos tão diferentes como o brasileiro. Escritas em 1906, quando questões coloniais se somavam a conflitos internos de diversa ordem, Notícias em três linhas constituem um retrato bastante ácido da belle époque, mas são também um convite a interpretar o mal-estar social característico das sociedades modernas ditas democráticas. Seu autor, Félix Fénéon, é uma figura de difícil classificação, situada à margem da literatura e da cultura francesas. Fénéon era um homem de sociedade, amigo de poetas e artistas, crítico de arte, editor, incentivador das tendências experimentais no campo da arte (da poesia simbolista francesa, da pintura impressionista, das vanguardas artísticas do início do século XX). Por outro lado, seu ponto de vista sobre a sociedade francesa era implacável. Valores como o patriotismo, a ordem, a civilização, a organização do Estado e do trabalho, a fé, o glamour da nobreza são flagrados constantemente em seu conluio com o crime, a irracionalidade, a violência colonial, o poder financeiro, os interesses pessoais, a ganância e a miséria. Mas o interesse dessas inusitadas Notícias em três linhas não se esgota nisso. Fénéon se lança aqui a uma experiência de jornalismo que não tem nada de convencional. Considerados pela crítica posterior como “romance elíptico”, “poesia em três linhas”, “humor negro”, predecessores do Twitter, os fragmentos escritos para o jornal parisiense Le Matin se apresentam como pílulas noticiosas de no máximo 135 caracteres, publicadas sem assinatura. É sua singularidade de escrita que dá corpo ao humor e ao teor crítico reconhecíveis nos fragmentos.