Descrição
A fábula do porco-espinho, de Arthur Schopenhauer, nas organizações modernas Por que um número tão grande de equipes não consegue realizar aquilo a que se propõe? Em primeiro lugar, pela crença arraigada de que os seres humanos são indivíduos racionais; em segundo, pelo fato de muitos designers de equipes se esquecerem de levar em consideração a existência de dinâmicas sutis e inconscientes que influenciam o comportamento humano. Em geral, profissionais que trabalham com grupos e equipes – coaches, consultores e executivos – se mostram bem alertas quando percebem gigantescos elefantes no ambiente de trabalho. Mas será que eles reparam na presença dos pequenos porcos-espinhos? Ao discorrer sobre proximidade social, o grande filósofo alemão Arthur Schopenhauer tece uma interessante analogia entre o desconforto vivenciado pelos seres humanos e por esses espinhosos animais. Durante o inverno, os porcos-espinhos se amontoam para garantir a manutenção do calor corporal, mas logo percebem que seus próprios espinhos ferem seus pares. Em contrapartida, quando se separam, logo sentem frio novamente. No final, depois de muito sofrimento, eles finalmente descobrem qual a distância ideal que devem manter uns dos outros para garantir, ao mesmo tempo, calor e conforto. Já para os “porcos-espinhos da raça humana”, a necessidade simultânea de proximidade e distância se revela a principal razão pela qual as pessoas geralmente consideram tão difícil trabalhar bem em grupos e equipes. Porém, nas organizações modernas tal habilidade se mostra absolutamente essencial; na verdade, a inexistência de funcionalidade nesta área pode custar muito caro para as empresas. No livro O Efeito Porco-Espinho, Manfred Kets de Vries demonstra que os treinamentos de liderança em grupo são ótimos espaços experimentais para as pessoas aprenderem a funcionar como equipes de alto desempenho. Seu modelo de treinamento, que incorpora estudos de caso reais, foi desenvolvido ao longo de mais de vinte anos de treinamento para executivos de alto escalão, e estabelece um alto padrão no campo de coaching de liderança de grupo. Escrito para coaches, consultores, diretores de desenvolvimento de liderança e também para qualquer outra pessoa que trabalhe diretamente com equipes, a primeira parte da obra O Efeito Porco-Espinho analisa o real significado de grupos e equipes. Os detalhes intrínsecos ao coaching de liderança são ilustrados com um exemplo elaborado de intervenção em coaching de grupo. Na parte dois, o autor se utiliza de uma abordagem psicodinâmica para estudar o funcionamento das equipes e dos grupos, observando cuidadosamente (1) os padrões de relacionamento existentes, (2) o modo como os grupos se desenvolvem e (3) o fenômeno do grupo como um todo. Na terceira parte, Kets de Vries adota uma perspectiva mais sistêmica e aborda os desafios que os processos de mudança representam para indivíduos dentro de organizações; ele também aproveita para nos mostrar como criar lugares realmente bons para se trabalhar. O autor sustenta todas as suas teorias nos contando uma história interessante sobre uma iniciativa de mudança organizacional implementada com o uso do coaching de grupo. “Este é mais um clássico de Manfred Kets de Vries. Além de erudito, inteligente e bastante divertido, este livro é imensamente útil e seu conteúdo plenamente passível de ser colocado em prática. Dessa vez o autor se dedica a avaliar não apenas o elusivo campo de coaching de grupo, mas também as várias culturas de coaching. Acredito sinceramente que essa obra seja bastante útil para as várias gerações vindouras de profissionais.” Erik de Hann - Ashridge Centre for Coaching (Diretor)